quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Rivellino


Roberto Rivellino (São Paulo1 de janeiro de 1946) é um ex-futebolista brasileiro, que atuava como meia. Jogou de meados da década de 1960 ao fim da década de 1970 pelo Corinthians e pelo Fluminense. Também atuou como comentarista de televisão durante a década de 1990. Ídolo tanto do Corinthians quanto do Fluminense, Rivellino ganhou um busto do Timão em sua homenagem. Atualmente, é comentarista no programa Cartão Verde, da TV Cultura.
Atuou em importantes clubes do Brasil. Foi titular da Seleção Brasileira de Futebol tricampeã mundial na Copa do Mundo FIFA de 1970, no México. Começou sua carreira nas categorias de base do Corinthians, jogando no time profissional de 1965 a 1974, e então se transferiu para o Fluminense, onde jogou até 1978.
Jogador extraclasse, de técnica apurada na perna esquerda que lhe permitia um futebol brilhante de lançamentos longos e passes precisos, potentes chutes de longa e meia distância, foi também exímio cobrador de faltas.
Diego Maradona, em várias entrevistas, o considerou o melhor jogador que viu jogar. É considerado o maior jogador da história do Corinthians.


Nascido numa família de imigrantes italianos da localidade de Macchiagodena (Isernia, Região de Molise, Sul da Itália), Roberto Rivellino começou sua carreira como amador no Clube Atlético Indiano na capital paulista. e também atuou no futebol de salão do E.C. Banespa.
Sua carreira profissional teve início no Corinthians, onde tornar-se-ia um de seus maiores ídolos, após ser recusado em uma "peneira" no arquirrival do Timão, o Palmeiras. Por isso, sempre fazia questão de jogar bem contra o Palmeiras, para mostrar a esse clube o erro que cometeu. Dispensado por Mário Travaglini na Palmeiras, Roberto Rivellino, (logo na sua chegada ao Corinthians) já chamou a atenção de José Castelli, um dos grandes ídolos e artilheiros do clube alvinegro, que na época trabalhava na base do clube.
José Castelli, o Rato, acompanhando o primeiro treino de Rivellino, com o olhar clínico e experiente do ex jogador, responsável pelas categorias inferiores, identificou algo de diferente no futebol do garoto e imediatamente o aprovou e já o mandou trazer fotos 3x4 para fazer a sua ficha de inscrição. Foi com a camisa do Corinthians que o "Reizinho" marcou mais gols (141) em toda sua carreira.
Como jogador do Corinthians foi a época na qual Rivellino fez mais sucesso na seleção brasileira, foi um dos destaques da seleção que venceu a Copa de 1970 e recebeu o apelido dos mexicanos de "Patada Atômica"; e foi o camisa 10 do Brasil de 1974, sendo um dos poucos jogadores brasileiros que apresentaram um bom futebol nessa Copa.
Quando foi campeão do mundo em 70, Rivellino teria declarado que trocaria aquela glória por um simples título de campeão paulista pelo Corinthians. Coisa que, em dez anos de clube, ele jamais conseguiu.
Teve essa chance na decisão de 1974 (ano em que também foi o principal jogador da seleção, na Copa do Mundo), contra o Palmeiras. Mas, como todo o time, jogou mal. Nos dias seguintes à perda do título, a diretoria do clube, que precisava de um bode expiatório, elegeu Rivellino como culpado. E negociou o seu passe com o Fluminense. Partiu deixando um duplo sentimento de revolta e agradecimento no fundo do seu coração corintiano.


Pelo Corinthians, conquistou o Torneio Rio-São Paulo de 1966.
Em 2014, foi convocado para o 1º jogo oficial da Arena Corinthians, em que o elenco atual jogava contra jogadores corinthianos de várias épocas. Na partida, Rivellino marcou o 1º gol da arena. Em 24 de maio desse mesmo ano, foi homenageado pelo Corinthians com a inauguração de seu busto no Parque São Jorge.
Na Copa do Mundo de 1970, Rivellino, foi um dos destaques da Seleção Brasileira tricampeã do mundo no México em 1970, seleção esta que é tida por muitos como o melhor time de futebol já formado no mundo.
Nessa época, Rivellino angariou um grande número de fãs internacionais, sendo talvez o mais famoso deles o argentino Diego Maradona, que o tinha como ídolo e exemplo em sua infância. Diego se entusiasmara pelas jogadas com a perna esquerda, já que Rivellino era canhoto como ele. Também gostava da sua postura rebelde dentro de campo, sempre de cabelos longos, gesticulando e incentivando seus companheiros.
Depois da Copa de 1970, Rivellino ainda seria campeão pela Seleção Brasileira do Torneio "Mini-Copa", disputado no Brasil em 1972, e da Taça do Atlântico e do Torneio Bicentenário dos EUA em 1976.
Na Copa de 1974, apesar de continuar se destacando e marcando belos gols, como o que fez contra a Alemanha Oriental ao cobrar uma falta extremamente precisa, mandando a bola numa brecha da barreira aberta por Jairzinho que se abaixou na hora certa, seria prejudicado pela fraca campanha da equipe.
Em 1978 foi convocado para sua terceira Copa, mas acabou ficando na reserva na maior parte da competição, por estar contundido.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Roberto_Rivellino






terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Sócrates


Sócrates Brasileiro Sampaio de Souza Vieira de Oliveira (Belém, 19 de fevereiro de 1954 – São Paulo, 4 de dezembro de 2011), mais conhecido como Sócrates e também referido como Dr. Sócrates, Dr. ou Magrão, foi um futebolista e médico brasileiro.
Como futebolista, Sócrates é considerado como um dos maiores do futebol brasileiro e, segundo a FIFA, um dos maiores do futebol mundial. Maior ídolo do Corinthians - ao lado de LuisinhoCláudioRoberto RivellinoNetoTelecoMarcelinho Carioca. E do Botafogo de Ribeirão Preto, ao lado de seu irmão Raí e Zé Mario.
Sócrates notabilizou-se também por sua militância política, particularmente nos anos 1980, quando liderou um movimento pela democratização do futebol e participou do movimento pelas Diretas já!.
Era irmão de outro famoso futebolista, Raí. Ambos foram capitães da Seleção Brasileira de Futebol.
Sócrates também atuou como técnico de futebol, articulista e comentarista esportivo. Também era músico e, eventualmente, ator e produtor teatral.
Sócrates recebeu esse nome porque seu pai que era apaixonado por literatura, e estava lendo A República de Platão, na época do nascimento do filho. A família, originária de Messejana, Ceará, vivia em Igarapé-açu, Pará, quando o pai, funcionário público federal, foi transferido, mudando-se para Ribeirão Preto.
Em Ribeirão Preto, ingressa no colégio dos Irmãos Maristas, onde começa a prática esportiva e se apaixona pelo futebol. Sócrates torcia pelo Santos.
Aos dez anos assiste a uma cena que influenciaria sua visão de mundo: vê o pai queimando seus amados livros, logo após o golpe militar de 1964.
Quando Sócrates completa doze anos, sua numerosa família já está completa, com seus cinco irmãos - Sóstenes, Sófocles, Raimundo filho, Raimar e Raí, então com um ano de idade.
Aos dezesseis jogava no time juvenil do Botafogo Futebol Clube de sua cidade. Aos dezessete, ingressa na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, continuava jogando pelo Botafogo. No final de 1973, decide profissionalizar-se como jogador, sem abandonar o curso de medicina, que conclui em 1977, sem interromper sua carreira no futebol. Sócrates Brasileiro Sampaio de Souza Vieira de Oliveira foi casado com a jornalista e empresária Kátia Bagnarelli Vieira de Oliveira.
No Botafogo Futebol Clube, de Ribeirão Preto, foi considerado um fenômeno desde o início, pois quase não treinava em função de frequentar o curso de medicina na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (USP). No ano de 1977 o Botafogo Futebol Clube contratou o treinador Jorge Vieira, que chegou ao clube dando o recado: "jogador que não treina, não joga". Sócrates achou que não jogaria mais futebol, porém Jorge Vieira, reconhecendo o talento de Sócrates, deu tratamento diferenciado ao jogador. Naquele ano Sócrates foi campeão da Taça Cidade de São Paulo 1977, disputando o título com o São Paulo no Morumbi e artilheiro do campeonato. Ainda pelo Botafogo, também se destacou no Campeonato Brasileiro, marcando um célebre gol de calcanhar contra o Santos na Vila Belmiro. Em 1978, deixa o Botafogo e transfere-se para o Corinthians.


Socrátes se firmaria no Corinthians em 1978, refazendo a dupla com seu ex-companheiro no Botafogo Geraldão. Mas seus grandes companheiros de ataque nesse time seriam Palhinha e o amigo Casagrande. Sócrates passou a dedicar se mais ao futebol depois que se formou em medicina (1977). Na Seleção Brasileira estrearia em 1979 em um amistoso contra o Paraguai.
Foi uma das estrelas de times famosos em nível nacional e mundial: a Seleção Brasileira de Futebol da Copa do mundo de 1982 e do Corinthians da década de 1980, celebrizado pelo movimento da Democracia Corintiana. Na Copa de 1982 marcou dois gols contra as respeitadas equipes da URSS e Itália, mas isso não bastou para o Brasil se sagrar campeão. Também teve excelente atuação na Copa América de 1983, onde a seleção brasileira foi vice-campeã. Aos 30 anos faz uma rápida e decepcionante passagem pelo Fiorentina da Itália, entre 1984 e 1985.
Na Copa do Mundo de 1986 estaria novamente em ação, mas já fora de forma ideal. Ficaria ainda marcado pelo pênalti desperdiçado contra a França, na decisão que desclassificou o Brasil. Antes de encerrar a carreira (1989), ainda atuaria no Flamengo, no Santos e no Botafogo de Ribeirão Preto.
Em 1988, Sócrates participou de um amistoso entre uma equipe de grandes ídolos do Corinthians em todos os tempos - que contou, inclusive, com a presença de Rivellino - e o "pai" do Timão do Parque São Jorge, o time inglês Corinthian-Casuals, que voltou ao Brasil após quase um século da primeira vez que esteve no país. Os brasileiros venceram por 1x0, com gol do próprio Sócrates. A pedido dos ingleses, Sócrates jogou cerca de 15 minutos na equipe do Corinthian-Casuals.
Em 2004, atendendo ao convite de um amigo, participou de uma partida com a camisa do Garfoth Town, equipe da oitava divisão da Inglaterra.
Tanto o jogo com o time inglês Corinthian-Casuals como o com Garfoth Town, foram somente jogos festivos, porque oficialmente sua carreira foi encerrada em 1989 no Santos.
Fora do futebol, Sócrates sempre manteve uma ativa participação política, tanto em assuntos relacionados ao bem-estar dos jogadores quanto aos temas correntes do país. Na década de 1980, participou da campanha Diretas Já (1983-1984) e foi um dos principais idealizadores do movimento Democracia Corintiana (1982-1984), que reivindicava para os jogadores mais liberdade e mais influência nas decisões administrativas do clube. Por suas atividades e opiniões políticas, chegou a ser "fichado" pela ditadura militar que oprimia o Brasil na época juntamente com seu colega de equipe e grande amigo, Casagrande.
Durante sua segunda internação, em 2011, Sócrates declarou que gostaria de trabalhar com o presidente venezuelano Hugo Chávez em projetos sociais ligados ao esporte.


Era articulista da revista Carta Capital e do jornal Agora São Paulo e comentarista esportivo do programa Cartão Verde da TV Cultura.
Em agosto de 2011, Sócrates foi internado na UTI do Hospital Albert Einstein devido a uma hemorragia digestiva alta causada por hipertensão portal. Após essa primeira internação, admitiu que tinha problemas de alcoolismo.
Após uma segunda internação em setembro, em dezembro de 2011, Sócrates seria internado mais uma vez devido a uma suposta intoxicação alimentar, que acabou por se transformar em um grave quadro de choque séptico em razão de sua condição de saúde já debilitada. Sócrates faleceu às 4:30 da manhã de 4 de dezembro de 2011,teve uma falência múltipla dos órgãos em decorrência do choque séptico.
No dia de sua morte, o Corinthians, seu time do coração, sagrou-se pentacampeão brasileiro de futebol, minutos antes do início da partida, jogadores e comissão técnica do Corinthians prestaram uma homenagem a Sócrates, repetindo o gesto utilizado por ele nas comemorações de seus gols.
Sócrates foi sepultado no dia 4 de dezembro de 2011, no cemitério Bom Pastor, na cidade de Ribeirão Preto que, logo após o falecimento, decretou luto oficial.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%B3crates_%28futebolista%29