sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

David Beckham


David Robert Joseph Beckham, (Leytonstone, 2 de maio de 1975), é um ex-futebolista inglês que atuava como meia. Sua ultima equipe foi o Paris Saint-Germain, no qual anunciou sua aposentadoria no final da temporada 2012/2013, acaba no dia 26 de maio de 2013.
Considerado como um dos maiores jogadores do futebol mundial, caracteriza-se pela precisão de seus passes e chutes de longa distância, sendo especialista em cobranças de faltas e pênaltis, tendo marcado grande parte de seus gols destas formas (65 de seus gols foram de falta ). Beckham viveu um dos seus melhores anos como profissional em 1999, quando conquistou com o Manchester United quatro títulos (Premier League, FA Cup,UEFA Champions League e Copa Europeia/Sul-Americana), tendo participação decisiva. No final deste ano, ficou em segundo no prêmio Ballon d'Or, entregue pela revista francesa France Football, e na eleição da FIFA, o segundo melhor do mundo (onde também ficou em segundo em 2001). Porém, conquistou o prêmio de jogador europeu do ano, concedido pela UEFA (sendo o primeiro europeu a conquistar o prêmio).
Sempre disputando os principais torneios de futebol, Becks foi o primeiro jogador britânicoa disputar mais de 100 partidas pelo principal torneio europeu, a UEFA Champions League. Também é um dos poucos a conseguir tal feito com a camisa da English Team, sendo atualmente, o jogador de linha com mais partidas disputadas pela Inglaterra, sendo superado apenas pelo ex-goleiro Peter Shilton.
É o único jogador inglês a ser campeão nacional em quatro países diferentes (Foi campeão no Manchester United, no Real Madrid, no Los Angeles Galaxy e, por último, no Paris Saint-Germain) .
Beckham e considerado o melhor passador de todos os tempos, pois seus lançamentos são precisos e inigualáveis.

Beckham começou sua carreira em 1991 no Manchester United, clube no qual ficou até 2003 (em 1995, esteve por empréstimo, no Preston North End).
No Manchester United, alcançou o auge de sua carreira, tendo atuações memoráveis e impecáveis conquistando títulos importantes na história do clube, como a UEFA Champions League de 1998-99. Além da Champions League, conquistou seis vezes a Premier League(1995–96, 1996–97, 1998–99, 1999–00, 2000–01 e 2002–03), a Copa Europeia/Sul-Americana 1999 (vencendo o Palmeiras na final) e outros títulos importantes de âmbito nacional.
Em 2002, ficou ameaçado de não jogar a Copa do Mundo. Após ter o pé direito quebrado numa dividida com o argentino Aldo Duscher, do Deportivo La Coruña pela Liga dos Campeões da UEFA. Ficou em tratamento intensivo durante dois meses para jogar o torneio.
Deixou o clube no final da temporada, com 85 gols e 145 assistências.
Em 2003, Beckham se transferiu para o Real Madrid, da Espanha, onde fez parte do chamado time "Galáctico", ao lado de outros jogadores que, na época, estavam entre os melhores do mundo, como Ronaldo, Zinédine Zidane, Roberto Carlos e Luís Figo. No clube madrilenho, porém, não obteve o mesmo sucesso que conseguiu no Manchester United.
Muitos são os que dizem que, após a saída de Beckham dos red devils, nunca mais o meia veio a exibir o mesmo futebol vistoso que exibia no United, o que pode ser considerado fato se forem levadas em consideração as suas estatísticas pelos merengues. Em 153 partidas pelo clube madrilenho, Beckham marcou apenas 19 gols, média muito abaixo do United. No Real Madrid, destacou-se mais com suas assistências do que com seus gols de falta e de longa distância.
Em 11 de janeiro de 2007, acertou sua transferência para o Los Angeles Galaxy, da Major League Soccer estadunidense. Beckham chegou ao Galaxy em 13 de julho de 2007 com uma grande recepção por parte dos torcedores, dirigentes e mídialocal. Sua estreia oficial foi em 21 de julho em um amistoso contra a famosa equipe inglesa do Chelsea, para quem o Galaxy perdeu por 1 a 0.


Em 15 de agosto, Beckham marcou seu primeiro gol pelo Galaxy, dando ainda uma assistência para outro gol, na vitória por 2 a 0 sobre o arqui-rival DC United na disputa da Superliga. O resultado fez com que sua equipe disputasse, em 29 de agosto, a primeira final da primeira Superliga. Porém, em uma dividida contra um adversário, lesionou-se, saiu antes do intervalo, e viu sua equipe perder o título em decisão por cobrança de pênaltis pelo placar de 4 a 3, após um empate no tempo normal em 1 a 1. Beckham tem grande simpatia pelo número 23, (número o qual usava no Real Madrid, e também em toda sua passagem no Los Angeles Galaxy).
Sem clube desde que deixara o Los Angeles Galaxy, sendo especulado, inclusive, no Botafogo , em 31 de janeiro de 2013 Beckham assinou com o Paris Saint-Germain. O jogador vinha se mantendo em forma treinando no Arsenal, mas foi seduzido pelos franceses, que, com cerca de 200 milhões de euros em investimentos, vêm montando uma poderosa equipe.
Estreou no dia 24 de fevereiro de 2013, contra o Olympique de Marseille, onde Beckham iniciou a jogada do gol doZlatan Ibrahimović, onde o Paris Saint-Germain venceu por 2 a 0.
No dia 12 de maio de 2013, em sua primeira e única temporada se sagrou campeão francês, depois de um vitória contra o Lyon, acabando com uma seca de títulos do Paris Saint-Germain de 19 anos sem erguer a taça da Ligue.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/David_Beckham






Franck Ribéry


Franck Ribéry (Boulogne-sur-Mer, 7 de abril de 1983) é um futebolista francês que atua como meia. Atualmente, joga no Bayern de Munique.
Com seis anos começou a jogar futebol no Boulogne-sur-Mer. Aos doze ingressou no Lille. Retornou quatro anos mais tarde por causa de seu mau desempenho acadêmico. Em 2001, foi para o Boulogne. Depois seguiu para o Olympique Alès.
Foi contratado pelo Brest, para temporada 2003-04, estreando durante a partida contra o Nantes. Ribéry brilhou durante a temporada na decisão da Ligue 2 e foi ovacionado pela torcida presente no estádio.
Foi com Metz que Ribéry fez a sua estreia na Ligue 1, em 2004. Foi considerado uma das grandes revelações da competição e eleito "jogador do mês" em agosto.
Surpreendentemente se transferiu para o clube turco Galatasaray, após apenas seis meses no Metz. Rapidamente se tornou um dos ídolos dos torcedores turcos, ganhando o apelido de "Ferraribéry". Marcou um dos gols do Galatasaray na vitória por 5 a 1 na final da Copa da Turquia contra o grande rival Fenerbahçe. Ribéry foi para o Olympique de Marseille em junho de 2005, para disputar o Campeonato Francês. Apesar de um processo iniciado pelo clube turco por "quebra de contrato", Ribéry recebeu da FIFA a permissão para jogar.


Pelo clube de Marselha teve um desempenho excepcional; foi três vezes eleito o "jogador do mês", e foi o autor do "gol do ano" contra o Nantes. Marcou também um dos mais rápidos gols da temporada de 2006-07, depois de apenas treze segundos do inicio de jogo. Então foi convocado para Copa do Mundo FIFA de 2006.
Ao final da temporada 2006-07, Frank Ribéry foi sondado pelo Lyon, mas Pape Diouf se recusou a vendê-lo para a concorrência. O presidente do Marseille exigiu um vinte e cinco milhões de euros para liberá-lo. O Real Madrid, que também havia sondado o jogador, não manifestou desejo de colocar uma grande quantia. Quem decidiu finalmente comprá-lo foi o Bayern de Munique, que ofereceu trinta milhões de euros (quinze milhões imediato, dez milhões em 2008 e cinco milhões se o Bayern se classificasse para Liga dos Campeões da UEFA). Esse valor foi um recorde na Alemanha. O Bayern terminou em quarto na Bundesliga e não se classificou para Liga dos Campeões, mas "apenas" para a Copa da UEFA, a quantia total paga foi de 25 milhões de euros.
Sua estreia no Bayern Munique foi excepcional para atrair o público e imprensa alemã. Franz Beckenbauer, lenda do futebol alemão e presidente do Bayern, disse: "É como se tivéssemos ganho na loteria." As boas apresentações juntamente com os outros jogadores do Bayern, como Luca Toni, Miroslav Klose, Bastian Schweinsteiger, entre outros, permitiu que a sua equipe vencesse a Copa da Liga Alemã em 2007 e Ribéry a ser o artilheiro. Em seguida ganharam a Bundesliga.
Em maio de 2008 foi eleito o melhor jogador do Campeonato Alemão, além de sr eleito pela segunda vez como jogador francês do ano.
Contra a Roma, pelo returno da Liga dos Campeões da UEFA de 2014–15, Ribéry marcou seu 100º gol com a camisa dos bávaros.


Sua primeira convocação para a seleção foi na Copa do Mundo FIFA de 2006, quando a Seleção Francesa de Futebol foi vice-campeã e Ribéry disputou todos os jogos. Em 17 de junho de 2008 foi convocado para a Euro 2008, na Áustria e Suíça. Porém sofreu uma entorse no tornozelo no jogo contra a Itália em um lance com Gianluca Zambrotta e teve de ser substituído do jogo, que encerrou sua participação no torneio com a seleção, que acabou sendo eliminada na fase de grupos.
Integrou o grupo que disputou a Copa do Mundo FIFA de 2010, que foi eliminada na fase de grupos. Foi um dos cabeças de um monte contra o treinador, e devido a isso foi julgado e não pôde integrar a seleção francesa de futebol por um período de tempo, mas, atualmente já se reintegrou ao elenco dos Bleus.
Foi convocado para a Copa do Mundo FIFA de 2014 mesmo com lesão nas costas, porém foi cortado dias depois por não conseguir treinar.
Aos dois anos de idade foi vítima de um acidente de automóvel, que lhe deixou até hoje cicatrizes no rosto. Em fevereiro de 2006 Ribéry, de origem católica, converteu-se aoIslamismo e adotou «Bilal» como segundo nome. O seu nome muçulmano completo é Bilal Yusuf Mohammed. Ele é casado com Wahiba e é pai de três crianças : Hiziya, Shahinez e Seïf el Islam.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Franck_Rib%C3%A9ry











quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Cristiano Ronaldo


Cristiano Ronaldo dos Santos Aveiro GOIH (Santo António, Funchal, 5 de fevereiro de 1985), é um futebolista português que joga como extremo-esquerdo, ponta-de-lança e médio-esquerdo no Real Madride na Seleção Portuguesa, onde é capitão.
Em 2007, Cristiano tornou-se o primeiro jogador a vencer todos os quatro prémios principais da PFA e da FWA. Ele ainda ficou em terceiro lugar na votação de melhor jogador do mundo pela FIFA de 2007 e em segundo lugar na votação da Bola de Ouro de 2007. Em 2008, Ronaldo conquistou a sua primeira Liga dos Campeões com o Manchester United, foi considerado o melhor avançado e o melhor jogador da competição e foi o maior marcador da mesma, assim como ganhou a Bota de Ouro, tornando-se no primeiro médio ala a consegui-lo, e ainda ganhou a Bota de Ouro da Premier League. Ronaldo ganhou três dos quatro principais prémios PFA e FWA, não ganhando apenas o prémio PFA Young Player of the Year e foi nomeado pela FIFPro, World Soccer, Onze d'Or e pela FIFA (melhor jogador do mundo pela FIFA em 2008) , tornando-se no primeiro jogador do Manchester United a ganhar a Bola de Ouro em quarenta anos, após George Best. Foi o primeiro jogador a ganhar o Prémio FIFA Ferenc Puskás, em 2009, atribuído ao melhor golo do ano. Ronaldo marcou esse golo a 40 metros da baliza do F.C. Porto num jogo dos quartos-de-final da Liga dos Campeões, enquanto jogava pelo Manchester United. Johan Cruyff, três vezes vencedor da Bola de Ouro, disse numa entrevista a 2 de Abril de 2008, "Ronaldo é melhor do que George Best e Denis Law, que foram dois grandes e brilhantes jogadores na história do Manchester United". Ronaldo ficou em segundo lugar na votação de melhor jogador do mundo pela FIFA de 2009 e segundo lugar na votação da Bola de Ouro de 2009.


Ronaldo tornou-se no maior marcador numa temporada na história do Real Madrid, com 53 golos, superando o recorde anterior do clube de 49 golos por Ferenc Puskás. Seis dias depois, Ronaldo quebrou o recorde de mais golos marcados numa temporada no campeonato espanhol, com 40, superando a marca de Telmo Zarra estabelecida em 1951 (38 golos) e a marca de Hugo Sánchez estabelecida em 1990 (38 golos). Ronaldo também quebrou o recorde de Telmo Zarra de mais golos por minuto, com um golo marcado a cada 70,7 minutos. O jornal Marca, o outorgador oficial do Troféu Pichichi (o prémio de melhor marcador da Liga), afirmou que Ronaldo marcou 41 golos (o jornal Marca atribuiu mais um golo a Ronaldo que a Liga, que o atribuiu a Pepe). Ao marcar 40 golos, ganhou de novo a Bota de Ouro, tornando-se no primeiro jogador a vencer o troféu em dois campeonatos diferentes. Ronaldo ficou em terceiro na votação de melhor jogador a jogar na Europa na temporada de 2010–2011, atrás de Lionel Messi e de Xavi Hernández, e em segundo lugar na eleição da Bola de Ouro da FIFA de 2011, atrás de Lionel Messi e à frente de Xavi. Em 2013 foi premiado com a FIFA Bola de Ouro, pela segunda vez na sua carreira.
Ronaldo tornou-se no jogador mais caro da história do futebol após a sua transferência em 2009 do Manchester United para o Real Madrid, num acordo no valor de 80 milhões de libras esterlinas (94 milhões de euros). Este contrato estabeleceu a sua cláusula de rescisão em 1 000 milhões de euros e estipulou uma quantia anual de 12 milhões de euros, o que faz dele um dos jogadores de futebol mais bem pagos do mundo. Em Abril de 2012 foi considerado o jogador de futebol mais valioso do mundo, após um estudo que atribuiu ganhos de 40 milhões de euros anuais ao jogador português e em Março de 2014 o futebolista mais rico do mundo, com uma fortuna pessoal avaliada em 148 milhões de euros.


Ronaldo começou a sua carreira nas categorias de base do Clube de Futebol Andorinha de Santo António. Em 1995, foi para o Clube Desportivo Nacional e o seu sucesso com a equipa levou-o a assinar com oSporting Clube de Portugal por duas temporadas. O talento precoce de Ronaldo chamou a atenção de Sir Alex Ferguson, treinador do Manchester United. Em 2003, quando tinha apenas dezoito anos de idade, Ronaldo assinou um contrato com o clube inglês, que pagou cerca de 12,24 milhões de libras esterlinas (15 milhões de euros) ao Sporting Clube de Portugal. Já na temporada seguinte, Ronaldo ganhou o seu primeiro título com o Manchester United, a Taça de Inglaterra, e chegou à final do Campeonato Europeu de Futebol de 2004 com Portugal, na qual marcou o seu primeiro golo internacional, mas não evitou a surpreendente derrota frente à Grécia. Ronaldo foi incluído na equipa ideal desta competição.
Batizado em homenagem ao ex-presidente dos Estados Unidos Ronald Reagan, que era o ator preferido do seu pai, Ronaldo começou a jogar aos oito anos nas categorias de base do Clube Futebol Andorinha de Santo António. Em 1995, Ronaldo assinou por um clube local, o Clube Desportivo Nacional, e após dois anos nas categorias de base do clube, foi jogar nas categorias de base do Sporting Clube de Portugal por causa de uma dívida de 450 mil escudos do Clube Desportivo Nacional para com este clube.


Ronaldo juntou-se aos outros jovens jogadores do Sporting Clube de Portugal e conseguiu tornar-se no único jogador a ter jogado no Sporting sub-16, sub-17, sub-18, B, e na equipa principal, tudo numa só temporada. Ronaldo marcou dois golos pelo Sporting na sua estreia pela equipa principal contra o Moreirense, defendendo pela primera vez Portugal no Campeonato Europeu de Sub-17.
Quando Ronaldo tinha quinze anos, foi-lhe diagnosticado um problema no coração, uma condição que poderia tê-lo forçado a desistir de jogar futebol. O Sporting informou a mãe de Ronaldo, Maria Dolores Aveiro, do problema, a qual, ciente dos riscos, lhe deu autorização para ir ao hospital. Aí, foi submetido a uma operação na qual a área do coração que lhe estava a causar o problema foi cauterizada a laser. A cirurgia foi realizada no período da manhã e Ronaldo recebeu alta do hospital até ao final da tarde, retomando os treinos da equipa apenas alguns dias depois.
Ronaldo foi procurado primeiro pelo Arsenal, mas o técnico Arsène Wenger, não chegou a acordo com a direção do Sporting. No entanto, chamou a atenção de Sir Alex Ferguson treinador do Manchester United, no verão de 2003, quando o Sporting derrotou o Manchester United por 3–1 na inauguração do estádio Alvalade XXI, em Lisboa. O desempenho de Ronaldo impressionou inclusive os jogadores do Manchester United, que no voo de volta a Inglaterra, pediram a Sir Alex Ferguson para o contratar para substituir David Beckham, que se transferira para o Real Madrid.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Cristiano_Ronaldo







Maradona


Diego Armando Maradona Franco (Lanús30 de outubro de 1960) é um treinador e ex-futebolista argentino que atuava como meia ou atacante.
Amplamente considerado um dos maiores, mais famosos e mais polêmicos jogadores do século XX, diversas personalidades e organizações reconhecem ele como o melhor jogador da historia do futebol e dos mundiais. Reunia inteligência, vontade e talento, com dribles, habilidade para mudar drasticamente sua velocidade e dar giros surpreendentes. Enquanto jogador, Maradona foi reverenciado como uma divindade em seu país natal, sendo criada inclusive uma igreja dedicada a ele.
Seu maior momento foi na Copa do Mundo de 1986, que na opinião popular foi ganha inteiramente por El Pibe de Oro, outra de suas muitas alcunhas. Internacionalmente, Maradona também consagrou-se como herói da equipe italiana do Napoli, um clube que, embora tradicional, estava entre os pequenos do país. ComEl Diez, o Napoli viveu momentos de glória no final da década de 1980, ganhando seus dois únicos títulos no campeonato italiano e lutando de igual para igual com as maiores equipes do país.
A carreira de Maradona, porém, foi cercada de controvérsias, que não se limitaram aos gramados. As maiores delas foram relacionadas ao seu envolvimento com drogas, um vício que acabou por arruiná-lo nos gramados e que por algum tempo o deformou fisicamente. Teve também dois filhos fora do casamento que não reconheceu como seus. E rotineiramente faz declarações contra os bastidores da FIFA, principalmente aos dirigentes João HavelangeSepp BlatterMichel PlatiniFranz Beckenbauer, além de Pelé, e também tem um histórico de atritos com imprensas, incluindo a de seu próprio país.
Aos nove anos, seu talento com a bola já o fazia ser a criança mais popular da favela em que morava, no subúrbio de Buenos Aires. Um colega havia sido aprovado em um teste para as categorias de base do Argentinos Juniors, e respondeu aos elogios do treinador dizendo que conhecia um garoto ainda melhor. O treinador, Francis Cornejo, deu-lhe então dez pesos para que pedisse a esse outro jovem para ir vê-lo. Cornejo e outros observadores do clube, incrédulos com o que viram no outro menino, foram acompanhá-lo na volta até a casa deste e, pedindo à mãe dele, conferiram sua documentação para desfazer qualquer engano plausível. Viram que Maradona realmente tinha apenas nove anos de idade.
Os pais foram então convencidos a colocar Maradona no Argentinos, clube pequeno da capital, mas famoso pelo bom trabalho que desenvolvia com as categorias de base. Com quinze anos, disputava partidas preliminares, já atraindo multidões. Quando finalmente foi lançado entre os profissionais, não saiu mais. Demonstrava um repertório completo certeiro com a sua mágica perna esquerda: lançamentos, passes, dribles curtos, chutes certeiros de curta e longa distância, cobranças de falta e escanteios. Aos dezessete anos, recebeu a primeira convocação para a Seleção Argentina, da qual foi polemicamente cortado na Copa do Mundo de 1978.


1978 também significaria o ano em que foi pela primeira vez artilheiro do campeonato argentino. Em 1979, seria artilheiro tanto do campeonato argentino quanto do campeonato metropolitano, torneio que reunia os clubes da Grande Buenos Aires e que era na época considerado mais importante até do que o campeonato nacional. Naquele ano, seria eleito pela primeira vez o melhor jogador sul-americano.1
A dose repetiu-se em 1980: Maradona foi artilheiro dos dois campeonatos e eleito outra vez o melhor jogador da América do Sul, com o adicional de ter levado o Argentinos Juniors ao vice-campeonato nacional, melhor resultado do clube até então. O Boca Juniors, que não conseguia títulos argentinos desde 1976, resolveu ir atrás dele, no que era a realização de um sonho para o jogador: Maradona sempre fora um torcedor xeneize fanático. Jamais seria esquecido, todavia, na equipe que o revelou: o Argentinos renomearia seu campo para Estádio Diego Armando Maradona.
E foi em um amistoso contra o Argentinos que Maradona fez sua estreia pelo Boca, marcando de pênalti, atuando pelos dois times. Parte da concordância do Argentinos em emprestá-lo estava em uma cláusula do contrato de venda em que proibia que Diego enfrentasse a antiga equipe em jogos oficiais. Dois dias depois, atraiu 65 mil pessoas à Bombonera para vê-lo marcar duas vezes em vitória por 4–1 na primeira partida oficial, contra o Talleres de Córdoba. Amistosos, todavia, seriam continuamente disputados paralelamente às disputas do metropolitano, servindo para arrecadar finanças ao clube e gerando também umaDiegomania. Em dois deles, enfrentou dois adversários que lhes seriam comuns: o Milan, em San Siro (vitória por 2–1) e Zico, contra o Flamengo, no Maracanã (derrota por 0–2).
Naquele ano de 1981, com o Boca, Maradona fez grande dupla com Miguel Ángel Brindisi, com os dois marcando juntos 33 dos 60 gols que reconduziram o time ao título metropolitano - a primeira conquista do clube auriazul em cinco anos. Maradona também marca em seu primeiro Boca x River, em um 3–0 listado entre as dez inesquecíveis vitórias do Boca em Superclásicos pela enciclopédia do centenário do clube; ele fez o último gol, deslocando o goleiro Ubaldo Fillol e completando para as redes antes que Alberto Tarantini conseguisse bloquear seu ângulo.
Contra o grande rival, marcaria em todos os clássicos disputados em 1981. O segundo deles, empatado em 1–1, foi de forma similar: tirando Fillol da jogada e marcando antes de Tarantini chegar. Os outros dois foram pelo campeonato nacional. Este foi disputado em quatro chaves de sete times onde os dois primeiros de cada uma se enfrentariam em mata-matas até a final, como Boca liderando a sua, apesar de não vencer o River – foram uma derrota por 2–3 e um empate em 2–2, neste com Maradona marcando os dois, empatando a partida no último minuto.
Nas quartas-de-final, os boquenses enfrentaram o Vélez Sarsfield. Na Bombonera, em um tumultuado jogo de ida, em que os dois times terminaram a partida com nove jogadores, Maradona acabaria revidando uma das faltas que sofreu e foi suspenso pela comissão disciplinar da AFA. Seria seu último jogo oficial pelo clube do coração: o Boca acabaria eliminado pelo adversário na partida de volta. Maradona ainda participaria de amistosos em excursões do clube pelas Américas e Ásia antes de ser vendido para o Barcelona por uma transferência recorde de mais de 7 milhões de dólares acertada pouco antes da Copa do Mundo de 1982.Coincidência ou não, sem seu grande astro, o Boca só voltaria a ser campeão argentino onze anos depois.
Maradona chegou à Catalunha como um messias. O Barça vivia carência de títulos desde o final da década de 1950. Desde 1960, só conseguira vencer o campeonato espanhol em 1974. Via o rival Real Madrid se distanciar cada vez mais noranking de vencedores e ainda sentia o Atlético de Madrid aproximando-se, com um título a menos. O clube fez de tudo para que seu astro se sentisse à vontade, contratando vários argentinos para servirem-lhe de assessores e funcionários. A estratégia não teria bons resultados: o craque acabou por fechar-se naquele círculo de convivências e demoraria a se adaptar no estrangeiro.
Na primeira temporada, ele enfrentou o primeiro problema: em dezembro de 1982, sofre de hepatite e fica de fora dos campos por três meses. Os blaugranas terminam apenas em quarto; o título de 1982–83 fica com o Athletic Bilbao. Na Copa do Rei, porém, decide a final contra o Real Madrid, marcando nos dois jogos da decisão e é aplaudido de pé pela torcida do arquirrival após a vitória por 2–1 em pleno Santiago Bernabéu – na partida de ida, no Camp Nou, o Barcelona havia deixado o rival empatar após estar vencendo por 2–0.
Mal inicia-se a segunda temporada e, num jogo contra o Athletic, sofre uma entrada bastante desleal do adversário Andoni Goikoetxea e fratura o tornozelo esquerdo. O astro levaria 106 dias para retomar o futebol. Quando volta, conduz os blaugranas ao caminho do título. No entanto, por um ponto, a taça fica justamente com o Athletic. Ambos os times decidem também a Copa do Rei, e um novo dia ruim contra a equipe basca (que vence por 1–0) faz Maradona surtar. Ele protagoniza uma briga generalizada entre os jogadores.
Maradona, que já não tinha um relacionamento bom com a diretoria do Barcelona, é praticamente descartado por ela após receber uma suspensão de três meses em razão da confusão: a cúpula culé aceita a oferta do pequeno Napoli, da Itália. Desgostoso com o que julgou como falta de esforço do clube em defendê-lo nos tribunais, Maradona acatou a transferência, encerrando um ciclo de dois anos de altos e baixos no Camp Nou.
Declararia em sua autobiografia, Yo Soy Diego, que o presidente Josep Lluís Núñez teria inveja de sua popularidade e era o principal responsável direto por sua saída. No livro, Maradona também apontou a coleção de fatores que o impediram de triunfar no Barcelona: desde a hepatite e lesões até gostar mais de Madrid. Ele também revelou que foi na Catalunha que começou seu relacionamento com as drogas. Aceitou a proposta do Napoli pois também estava arruinado financeiramente; chegou a doar a casa que tinha em Barcelona para pagar suas dívidas.
Embora tradicional, a equipe napolitana era minúscula. Seus troféus resumiam-se a títulos nas divisões inferiores e a duas conquistas na Copa da Itália. Maradona foi logo amado e venerado como um rei, chegando de helicóptero a um Estádio San Paolo tomado por torcedores que ainda custavam a acreditar. Ele, curiosamente, poderia ter chegado antes ao time: o clube o havia sondado em 1979, quando ainda estava no Argentinos Juniors, mas ele recusara a proposta na época. "Para mim, Napoli era apenas uma coisa italiana, como pizza", comentou.
O espanto foi geral: a equipe mais vencedora do país, a Juventus, também estaria interessada, de acordo com a imprensa. Maradona terminou por escolher o clube celeste porque "foi o único a me fazer uma proposta real e porque o Giampiero Boniperti, ex-jogador e presidente da Juventus na época, já havia dito que um jogador com meu porte físico não chegaria a lugar algum". De acordo com as lendas, o presidente do Napoli, Corrado Ferlaini, teria blefado: depositou na federação italiana um envelope vazio, onde deveria estar o contrato do jogador, a fim de registrá-lo logo. Era o que ele precisava para ganhar tempo, enquanto a manobra era descoberta, para levantar o dinheiro para pagar o Barcelona.
Na primeira temporada, o clube ficou apenas em oitavo, mas somente dez pontos atrás do campeão Verona. Na segunda, a de 1985–86, conseguiu um terceiro lugar. Sua terceira temporada começou com ele já consagrado em todo o planeta, com a conquista da Copa do Mundo de 1986. Em setembro, porém, surge a primeira grande polêmica extracampo: sua ex-empregada doméstica, Cristina Sinagra, denuncia que Maradona é o pai do filho que ela teve. A paternidade é confirmada posteriormente na justiça. O filho, Diego Sinagra (também conhecido como Diego Armando Maradona Jr.), jamais seria assumido e os dois só teriam seu primeiro encontro em 2003.
Ainda assim, é na temporada 1986–87 que Maradona dá ao Napoli seu primeiro título na Serie A, sobre a poderosa Juventus. A festa termina completa no clube e na vida pessoal: paralelamente, o Napoli é também campeão da Copa da Itália, e nasce sua filha Dalma (batizada com o mesmo nome da mãe de Diego). Na temporada seguinte, Maradona, com quinze gols, alcança a artilharia do campeonato. O vice-artilheiro é a sua dupla ofensiva, o brasileiro Careca – que fora para a equipe justamente para poder jogar ao lado de Maradona –, com treze. O bi, porém escapa por três pontos: o título fica com o Milan de Marco van Basten e Ruud Gullit, que consegue a liderança em vitória direta, em plena Nápoles, quando os dois clubes enfrentaram-se na antepenúltima rodada. O clube rossonerotornar-se-ia o maior rival do Napoli pelos títulos italianos: a Juventus decaía com a aposentadoria de Michel Platini em 1987 e a Internazionale vivia certa carência. Na Copa dos Campeões da UEFA, o Napoli cai cedo: é eliminado pelo Real Madrid, primeiro adversário que enfrenta.
Na temporada 1988–89, o campeonato italiano vai surpreendentemente para a Inter de Milão, com a perseguição única do Napoli (único time na reta final com chances de tirar o título da Inter) terminando em vão. O consolo fica por conta da Copa da UEFA: Maradona lidera o Napoli na campanha rumo ao primeiro título continental do clube. Nos mata-matas finais, o clube passa pela rival Juventus e pelo Bayern Munique até chegar na decisão, contra o Stuttgart. Os alemães são vencidos no embalo da dupla de Maradona com Careca: ambos marcam na vitória de virada no jogo de ida, em Nápoles, e seguram o empate na Alemanha Ocidental. Paralelamente, naquele ano ele casa-se em um estádio fechado com a namorada de infância, Claudia Vilafañe, e nasce Gianinna, sua segunda filha.
1989–90 chega e o argentino novamente conduz o Napoli ao scudetto, com dois pontos de vantagem sobre o Milan. Maradona vivia o auge da carreira. A veneração em Nápoles em torno dele era tamanha que ele sentiu-se à vontade para convocar a população local para torcer pela Argentina, e não pela Itália, na Copa do Mundo de 1990, a ser realizada em solo italiano em semanas. Gerou enorme polêmica no resto do país, notadamente no norte, região dos times mais tradicionais, ressentidos com o sucesso meteórico do Napoli, que, por sua vez, era um clube de uma região historicamente desfavorecida no país. O presidente da federação italiana chegou a ir a público pedir que os cidadãos napolitanos torcessem pela Azzurra, e pesquisas de opinião foram feitas por jornais e revistas para calcular a que ponto Maradona conseguira influenciar Nápoles.
Na Copa, Maradona liderou uma Argentina esfrangalhada ao vice-campeonato, mas eliminando a Itália nas semifinais, aumentando o rancor do resto do país. 1990/91 significar-lhe-ia um baque maior que a fratura em 1984 e as constantes pancadas no duro futebol italiano: novamente, o Napoli caiu cedo na Copa dos Campeões, na disputa por pênaltis contra os soviéticos do Spartak Moscou. Nada comparado ao que vem em março de 1991: seu exame antidoping após partida contra o Bari dá positivo para cocaína, escancarando o vício do astro nas drogas.
Ele, ligado por provas robustas com a Camorra, a máfia napolitana, foi suspenso do futebol por quinze meses. Entra em depressão e, no mês seguinte, em abril, é, sob efeito de drogas, preso em Buenos Aires pela polícia no bairro de Caballito.
O Napoli consegue se virar na temporada 1991–92 sem seu maior ícone, terminando em quarto. Maradona, decidido a deixar o time, protagoniza uma batalha judicial que dura 86 dias. A liberação foi brecada pelo presidente do clube, que estava brigado com o argentino. Após intervenção da FIFA, Maradona consegue se desligar do Napoli e acerta um retorno à Espanha, agora como jogador do Sevilla, na época comandado por Carlos Bilardo, seu ex-técnico na Seleção. Anos mais tarde, Ferlaini, o antigo presidente do Napoli, declararia que Diego fora salvo diversas outras vezes do antidoping, que era burlado com a urina de jogadores "limpos" nas vezes em que o argentino era sorteado.
Sua estadia no clube andaluz não dura mais que a temporada 1992–93, onde fora apenas razoável: Maradona, pesando mais do que deveria, descobre que os diretores do Sevilla, com suspeitas sobre suas saídas noturnas, contrataram detetives para monitorá-lo. O argentino, que também desentendera-se com Bilardo, abandona o time imediatamente e acerta outro regresso, desta vez ao país natal, contratado pelo Newell's Old Boys. Mesmo recuperando a forma, duraria menos ainda na equipe de Rosário: uma sucessão de lesões musculares provoca o término de seu contrato, após apenas cinco jogos oficiais e alguns amistosos, um deles, curiosamente, contra o Vasco da Gama.
Deprimido, Maradona afunda cada vez mais nas drogas. Em fevereiro de 1994, irritado com o assédio da mídia, atira com uma espingarda de ar comprimido em jornalistas que faziam plantão em frente à sua casa. Acima do peso e desmotivado, a impressão geral era a de que ele abandonaria a carreira antes da Copa do Mundo de 1994. Conheceu então um fisiculturista em Buenos Aires que prometeu deixá-lo em forma novamente. A promessa foi cumprida, mas um novo antidopingdurante a Copa desmascaria que, por trás do milagre, estava a proibida substância efedrina, uma droga usada para emagrecer. A FIFA termina por puni-lo com outros quinze meses de banimento.
Sem poder jogar, Maradona passa rápido como diretor-técnico do pequeno Textil Mandiyú. Em poucas semanas, porém, abandona o cargo do time de Corrientes. Assume como treinador do Racing, mas em março do ano seguinte desvincula-se dele também: o presidente que o havia contratado havia perdido as eleições.As duas experiências foram curtas e pouco alentadoras: no Mandiyú, foram doze partidas e apenas uma vitória e, no Racing, onze jogos e apenas dois triunfos. Poderia ter tido menos jogos ainda no Racing: após um 0 a 0 no clássico da cidade de Avellaneda, contra o Independiente, em que foi expulso pelo árbitro, ameaçou sair do cargo, mas foi contido pelo presidente.
Com o fim da punição, ele volta ao seu amado Boca Juniors, comprado por dez milhões de dólares pelo Grupo Eurnekian, que em troca teria os direitos televisivos sobre onze partidas. O retorno, iniciado em jogo contra o Colón, é estampado até em seus cabelos: Maradona descolore uma faixa do lado superior direito, simbolizando a faixa dourada do uniforme boquense. O clube acerta também com seu amigo Claudio Caniggia, outro notório usuário de cocaína. É no jogo seguinte, o primeiro oficial dele contra o Argentinos Juniors, que ele marca seu primeiro gol na volta ao Boca.
O Boca não ganhava títulos argentinos havia cinco campeonatos – o último fora o Apertura de 1992. Com Maradona e Caniggia em grande parceria, o clube consegue confortável liderança no Apertura 1995. Porém, em partidas sem seu maior astro, os xeneizes perdem pontos preciosos, chegando e levar de 4–6 para o Racing em plena Bombonera - a mesma quantidade de gols que haviam tomado em todo o torneio, até então. O clube deixa o título escapar para o Vélez Sarsfielde termina apenas em quarto. O mesmo clube ganha o Clausura 1996, com o Boca, comandado por Carlos Bilardo (cuja contratação ele se opusera; no mesmo ano, brigaria com o presidente boquense, Mauricio Macri), ficando em quinto. A edição do torneio é mais lembrada por uma goleada de 4–1 sobre o River Plateem qua a afinada dupla Caniggia e Maradona se beija na boca, em comemoração após o terceiro gol do atacante loiro.
No entanto, é o rival quem viverá períodos melhores: ganha o Apertura 1996 (o Boca, sem tantas presenças de Maradona, fica apenas em décimo), a Taça Libertadores da América de 1996, o Clausura 1997 (nono lugar para o Boca, que só vê Maradona jogar uma vez) e o Apertura 1997. Durante este último campeonato, em que, no início, chegaria a ser novamente pego no antidoping, Maradona faz sua última partida profissional, justamente em um Superclásico noMonumental de Núñez, em 25 de outubro. Joga o primeiro tempo da partida e é substituído pelo jovem Juan Román Riquelme. O Boca vence por 2–1 e conseguia a liderança com dois pontos de vantagem sobre o arquirrival, mas Maradona prefere anunciar sua retirada, após rumores de novo antidoping positivo. O River conseguiria retomar a dianteira e seria campeão com um ponto de vantagem sobre o Boca.
Falando de si na terceira pessoa, Maradona resumiu seu retorno infrutífero em títulos ao Boca: "O Maradona não está feliz porque sabe que o Maradona está abaixo do padrão em que normalmente se coloca". Ainda assim, houve setores da imprensa que defenderam sua convocação para a Copa do Mundo de 1998,o que o faria ser um dos recordistas em participações no torneio.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Diego_Maradona







Pelé


Dico calça as chuteiras e sai para fazer o que mais gosta: jogar futebol. Em campo, o menino magrinho, de 11 anos, é dono de si e da bola. Ele dribla, cabeceia, empurra e mira no gol. Na ocasião, a pequena platéia da cidade de Bauru (interior de São Paulo) não fazia ideia que nascia ali Pelé, o maior atleta de todos os tempos. Mas foi nos gramados da Vila Belmiro que ele se tornou Rei.

“Eu sonhava em jogar como meu pai”, confidenciou Edson Arantes do Nascimento, mineiro da cidade de Três Corações, filho de Celeste e do conhecido jogador Dondinho. Edson teve uma surpresa, porque Pelé foi muito além. Superou seu próprio sonho e, até mesmo, a promessa de ganhar uma Copa do Mundo para seu pai. “Na final da Copa de 50, o Brasil perdeu para o Uruguai e meu pai ficou muito emocionado.Quando eu o vi em lágrimas, só pude pedir para que não chorasse porque eu iria ganhar uma Copa do Mundo para ele”, lembrou o Rei, que saiu campeão de três Copas do Mundo, colecionou mais de 50 títulos e 1.281 gols em sua gloriosa carreira.

Aos 11 anos, Pelé foi descoberto pelo jogador Waldemar de Brito que o convidou a fazer parte da equipe que estava organizando: o Clube Atlético de Bauru.

Quando o Atleta do Século XX, ainda aos quatro anos, mudou-se para São Paulo com sua família, Dondinho passou a atuar no Bauru Atlético Clube (BAC). Seguindo os passos maestrais de seu pai, Dico brilhou em equipes amadoras da região, como Ameriquinha e Baquinho, e sua intimidade com a bola o fez conquistar títulos de artilheiro e um novo apelido: Pelé.

Em pouco tempo, os pés daquele menino franzino e de uniformes folgados no corpo tomariam um novo rumo. Aos 11 anos, Pelé foi descoberto pelo jogador Waldemar de Brito que o convidou a fazer parte da equipe que estava organizando: o Clube Atlético de Bauru. Para selar compromisso com o destino, o mesmo jogador que o descobriu, o levaria, anos depois, para o Santos FC.


Assim que Pelé (foto) chegou à Vila Belmiro, em oito de agosto de 1956, Waldermar de Brito avisou ao clube santista: “Esse menino vai ser o melhor jogador de futebol do mundo”. Não demorou muito para a profecia começar a se concretizar. Um mês depois de sua chegada ao alvinegro praiano, que já era um time bicampeão paulista, Pelé estreou na equipe principal. “Minha estréia foi em um torneio amistoso contra o Corinthians de Santo André. Entrei no segundo tempo, no lugar de Del Vecchio e fiz o sexto gol do placar de 7 a 1. Foi meu primeiro gol com a camisa do Santos”, contou.

Aos 16 anos, participou de um torneio de quatro equipes européias e brasileiras. O time em que atuou foi um combinado Santos e Vasco e, em uma das partidas, Pelé fez três belos gols. Daí em diante, o Brasil todo começou a enxergar o futuro Rei do Futebol.

Convocado para usar a camisa verde e amarela, em 1957, Pelé levou o país a conquistar o título de campeão da Copa Roca. “Foi meu primeiro título internacional e com a camisa da Seleção Brasileira”, lembrou. O sucesso continuou aos pés de Pelé durante a disputa do Campeonato Paulista de 57, do qual foi artilheiro. “Já no meu primeiro campeonato, fiz 36 gols. Para um garoto de 16 para 17 anos, essa é uma grande conquista”, declarou o dono da imortalizada Camisa 10.

Pelé conquista o mundo Em menos de um ano, Pelé viu-se diante da grande oportunidade de concretizar a promessa que havia feito a seu pai: ganhar uma Copa do Mundo. Seu primeiro gol na Copa foi contra o País de Gales e classificou o Brasil para a semifinal. Na final da Copa de 58, a Seleção Brasileira conquistou seu primeiro título mundial depois de ter goleado a anfitiriã Suécia por 5 a 2.Pelé não agüentou e desmaiou em campo (na foto acima Pelé e amparado por Gilmar). “A emoção de participar de algo tão grandioso foi tão importante para mim que nem consigo expressar. 

Foi a primeira vez que fiz uma viagem para o Exterior e, ainda, realizei meu maior sonho. Com 17 anos, tornei-me o mais novo campeão do mundo. Além disso, levamos o nome do Brasil para fora e demos abertura para outros negros participarem da Copa, pois, até então, eu era o único “, declarou o Rei.

Após ter concretizado o que mais almejava, Pelé tinha mais duas metas: conquistar o Campeonato Paulista de 58 e o Torneio Rio-São Paulo pelo Santos Futebol Clube. Formado por jogadores como Coutinho, Zito, Pepe e o Rei, o time praiano mantinha-se imbatível e vivia sua melhor fase. Pelé (foto) foi o artilheiro do Paulista de 58 com o total de 58 gols, em 38 partidas, e o Santos conquistou o título.


A história repetiu-se em 1959 e o Peixe saiu vitorioso, pela primeira vez, no Torneio Rio-São Paulo. Entre os anos de 59 e 61, o Santos Futebol Clube conseguiu, com Pelé, conquistar 11 títulos internacionais. Reconhecida e respeitada internacionalmente, na década de 60, a equipe santista conquistou oito Campeonato Paulistas, e Pelé foi coroado como artilheiro em quase todos eles.

Nessa época, o Rei do Futebol recebeu diversos convites para atuar em times no Exterior, principalmente na Europa, mas rejeitou todos. Fiel ao Peixe, tinha outro objetivo em mente. “O Santos ainda não tinha título de campeão sul-americano e eu sonhava em dar esse título ao clube”, afirmou. Em 1962, mais uma meta atingida: o time foi campeão sul-americano, goleando a equipe uruguaia do Peñarol, que havia sido campeã em 60 e 61.

No mesmo ano, mais uma Copa do Mundo à vista e Pelé era o grande nome do momento. Devido à uma distensão, ele não pôde jogar na final, mas o elenco saiu vitorioso e bateu a Tchecoslováquia por 3 a 1, no Chile. O Brasil passou a ser Bicampeão Mundial. “Fiquei muito preocupado e muito chateado por não ter podido ajudar meus colegas. Mas, graças a Deus, o Brasil conseguiu seu segundo título e fiquei muito realizado”, afirmou Pelé.

Na Copa do Mundo seguinte, em 1966, a Seleção Brasileira viveu um pesadelo: foi eliminada logo na primeira fase. “Foi uma tristeza muito grande para mim, pois eu já era o Pelé e a cobrança era muito grande. Tanto, que eu pensei até em desistir de jogar”, afirmou Pelé.

Em 1970, o Brasil passava por uma das fases mais difíceis da história com a ditadura militar. Indiscutivelmente, Pelé (na foto comemorando gol com Tostão) na Copa era a esperança de dias melhores para os brasileiros. “Muitas pessoas me incentivaram a participar da Copa de 70. É claro que senti todo o peso da responsabilidade nas minhas costas, pois a seleção já vinha de uma derrota”, lembrou o Rei. Finalmente, o Brasil conquistou, definitivamente, a Taça Jules Rimet, vencendo a final contra a Itália, por 4 a 1, no México. “Foi a melhor fase de toda a minha carreira. Joguei em todas as partidas e finalizei minha participação nas Copas do Mundo extremamente realizado”, afirmou Pelé, único tricampeão do mundo e maior artilheiro em Copas Mundiais.


Aos 22 anos, o Rei já atingia a marca de 500 gols. À medida que o tempo ía passando e Pelé aproximava-se da marca dos mil gols, as pessoas vibravam. “Quando fui me aproximando do milésimo gol, todos fizeram questão de transformar isso em um grande tema”, afirmou Pelé. O tão esperado gol foi um pênalti fulminante, durante o jogo do Santos Futebol Clube contra o Vasco, no Maracanã, em 19 de novembro 1969. “Pela primeira vez, tremi. Nunca senti uma responsabilidade tão grande”, completou o Rei (na foto beijando a bola após marcar o miléssimo gol de sua carreira).

Deixando pegadas de glória e saudade pelo Brasil, sua despedida oficial da Seleção foi em julho de 1971. Três anos depois, chegou a vez do Rei dar adeus ao Santos FC, em outubro, durante a partida contra a Ponte Preta. É uma das imagens mais marcantes de Pelé: ele está ajoelhado no meio do gramado do Estádio da Vila Belmiro, de braços abertos e com a bola parada no chão diante dele. Pelé, aos soluços, pede perdão (foto). É o fim de um casamento de 18 anos, seis meses e 26 dias.

Entretanto, a magia do futebol daquele homem que, com seus pés de ouro, fazia arte em campo, ficará imortalizada pelos gramados da Vila Belmiro e na memória daqueles que o assistiram. Porque quem é rei, nunca perde a majestade. Porque Pelé é eterno. “Sinto muita saudade daquela época, principalmente dos meus amigos de equipe. Realmente, isso me deixa muito emocionado”.


Fonte: http://santosfc.com.br/pele/